Há artistas que trazem o talento do berço, outros o desenvolvem ao longo dos anos, mas a
característica máxima que faz uma pessoa alcançar o sucesso na carreira artística é uma
só: sua paixão pela arte. No caso de Kaynã Reis, o Slow Motion, esse amor pelas notas
musicais já era percebido desde cedo quando arranhava na guitarra e enquanto crescia em
um ambiente cercado de influências musicais.
De um lado, riffs do Rock n’ Roll, d’outro, a cultura do Hip-Hop. No meio dessa mistura
ainda apareceram os beats da música eletrônica e foi a partir dessa fusão de estilos que ele
começou a construir a forte identidade sonora que possui hoje. Seja nos palcos ou nas
produções, seu som traz referências do meio urbano e apresenta um contraste entre
batidas sólidas e sobretons melancólicos, energizando corpo e alma.
Pergunte para quem já encarou os graves de Slow Motion em algumas das pistas mais
cobiçadas do Brasil: Green Valley, Matahari, El Fortin (onde é residente) ou mesmo festivais
como Kaballah e Só Track Boa — foi nestes palcos que ele demonstrou ser um artista
promissor que não se prende prende a rótulos e que entrega sempre um som alinhado aos
seus ideais, com muito groove, irreverência e ousadia.
A explosão artística em sua carreira veio quando assinou ao lado de Vintage Culture o
remix de “Drinkee” de Sofi Tukker, em 2016, música reproduzida milhões de vezes que
reverbera até hoje. Evoluindo notavelmente, lançou em abril de 2020 “Slow Down”, faixa
que faz um blend perfeito de suas principais influências e demonstra que ele continua
inovando sem se desprender de suas raízes. Há ainda muita terra para ser desbravada por
Slow Motion e ele não pretende parar tão cedo